Enquanto o governador Camilo
Santana discursava durante a abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, nessa
segunda-feira (03), policiais e bombeiros militares reivindicavam melhorias salariais.
De acordo com as categorias, o reajuste salarial não chega a 3%, aumento este,
abaixo da inflação, sendo escalonado até 2023 e não acrescentando nenhuma
valorização à corporação.
A desvalorização salarial
dos militares estaduais afeta a tropa e deixa os servidores da segurança pública
desmotivados. Em live feita em frente à Assembleia Legislativa na manhã dessa
segunda-feira, o deputado estadual Soldado Noélio (PROS), debochou do tapete vermelho
colocado na entrada do parlamento estadual para receber o governador. “Tudo não
passa de teatro, entretanto, os profissionais de segurança pública estão
revoltados com o governo, enquanto isso, mentem para população com a proposta
ridícula de aumento que o governo está dando aos profissionais de segurança
pública”, ironizou o parlamentar.
Apesar das promoções
ofertadas pelo governo, o entrave ainda continua sendo a reestruturação
salarial. O Ceará tem vivido um paradoxo estatístico, enquanto os índices de
criminalidade caem mais da metade e as finanças do estado estão em dia, os militares estaduais não tem tido a devida valorização.
A política salarial para os
agentes segurança pública tem ficado em segundo plano na gestão do governador
Camilo Santana, deixando a corporação inteira descontente, e esta mesma
corporação sempre cumpriu com o seu papel, defendendo e protegendo a sociedade.
O desrespeito ao cidadão
trabalhador militar traz à tona neste estado uma realidade de insatisfação e
discordância no interior dos Batalhões. Diuturnamente, policiais militares garantem
a segurança de seus cidadãos e autoridades, mas não são respeitados e
valorizados.
Há algum tempo as Associações
que representam a categoria , vem alertando aos seus associados sobre o clima
de insatisfação generalizada que permeia toda a corporação, sobretudo no
desrespeito aos direitos deste profissional, materializados no aumento pífio
que o governo concedeu. A indignação da tropa é legitima.
Redação Primeira Coluna
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