Histórias contadas pelos
mais velhos se transformam em contos e crônicas. Hoje pela manhã no mercado público
de Ipueiras, na merendeira do Ivanir, conheci um “senhorzinho” bom de prosa.
Pedro Guilherme é morador da localidade de Grossos, fiquei encantado com a sua
lucidez e capacidade de contar um bela história aos 79 anos cheio de garra e
determinação.
Segundo “seu Pedro”, a
Dona Úrsula, ou simplesmente “Dona Ursa”, conhecida desta forma pela plebe, tinha “mãos
de ferro”. Era mãe do Cel. Alexandre Mourão, um dos medalhões da nossa história.
Destemida e temida pelos seus algozes, “Dona Ursa” resolvia seus problemas com
seus desafetos na “bala”.
Possuidora de vários
predicados, “Dona Ursa” certa feita encomendou uma pisa num parente que morava
na “Fazenda Curtume”, hoje, Nova Russas. O motivo? O infeliz não quis mais
casar com uma de suas filhas.
“Dona Ursa” não era mulher de
mandar recado, mas desta vez o sujeito ia só levar uma surra pra aprender a ter
palavra. Como o Cel. Alexandre Mourão era o único filho homem, este, foi incumbido
de executar o pedido da matriarca. Ao ser convocado pela mãe pra resolver a
situação, o Coronel foi logo se pronunciando, “mãe em homi não se bate, se mata”.
Diante da negativa do filho, “Dona Ursa” amenizou – mas meu fi, “não é
pra matar, é só pra dar uma pisa, pois o cretino ainda é da família”.
Ao finalizar a história do quase genro, que quase morria, seu Pedro Guilherme riu, e com muita serenidade disse:
“meu fi, deixa eu ir, tenho que cortar meu cabelo e depois pintar, tá muito
branco” . . . e saiu aos “olhos perder de vista”.
Carlos Moreira
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