Está previsto para
esta segunda-feira (21) um dos eventos mais fascinantes da natureza, o eclipse
solar total, que ocorre quando as órbitas do sol e da lua se cruzam e o
satélite passa entre o sol e a Terra. Quando a lua cobre o sol, bloqueia os
raios solares e faz uma sombra na Terra.
Desta vez,
a faixa de totalidade do fenômeno, ou seja, a faixa de terra que ficará na
penumbra, cruza os Estados Unidos. Serão 2 minutos e 40 segundo de completa
escuridão para quem estiver entre Salem, no Oregon, e a cidade de Charleston,
na Carolina do Sul.
Observadores
que estiverem fora dessa região, a 3 mil quilômetros acima ou abaixo dessa
faixa, poderão observar um eclipse solar parcial, em que a lua cobre parte do
disco do Sol. No Brasil, os moradores das regiões Norte e Nordeste poderão
avistar o fenômeno entre 12h46 e 18h04, horário de Brasília. No extremo norte
do país, a previsão é que a escuridão chegue a 50%.
A astrônoma
Josina Nascimento, pesquisadora do Observatório Nacional, responsável pelos
cálculos e edição do anuário da instituição que traz as fases da lua e previsão
de eventos astronômicos, explicou que apesar do senso comum dizer que são
raros, os eclipses são um evento comum. Segundo ela, o fato de a faixa de
totalidade dos eclipses ser muito estreita, com cerca de 270 quilômetros, causa
essa falsa impressão.
“A cada
período entre 18 e 22 meses, temos um eclipse solar, seja ele total, parcial ou
anular. Quando é total, que é o mais raro, têm-se essa pequena faixa de
totalidade, portanto muitas partes do mundo passam muitas décadas sem ver um
eclipse total. Não é um fenômeno raro na Terra, mas sim em cada local onde as
pessoas estão”, esclareceu.
Josina
Nascimento disse que os eclipses do sol e da lua sempre ocorrem um próximo do
outro. “Basta observar uma lista de previsão de eclipses para verificar que
sempre que acontece um eclipse da lua, por exemplo, logo depois tem um do sol,
ou vice versa. Se houver um eclipse em uma lua cheia, na lua nova seguinte
haverá um eclipse do sol. Se a órbita da lua em torno da Terra não fosse
inclinada, teríamos esse alinhamento todo mês. Na lua nova, um eclipse do sol,
e na lua cheia, um eclipse da lua. Por ser inclinada, o alinhamento não
acontece sempre.”
Ela
informou que o próximo eclipse total que terá faixa de observação no Brasil
está previsto para 2041. “No dia 2 de julho de 2019, vai ser no sul da América
do Sul e a expectativa é que muitas pessoas se desloquem para a faixa de
observação. É interessante porque você tem turismo, tem eventos culturais e
científicos, é muito legal”, disse a pesquisadora.
A Nasa vai
transmitir o eclipse solar, seguindo a faixa de escuridão dos Estados Unidos,
pelo link https://www.nasa.gov/eclipselive.
Fonte: Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil
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