O último boletim do Ministério da
Saúde divulgado, na manhã de ontem, apresenta o Ceará como o primeiro Estado do
País no índice de incidência da doença. Neste ano, o valor analisado na 19ª
semana epidemiológica (SE) é de 462,7 por 100 mil habitantes. Em igual período
do ano passado, o dado era menor sendo de 13,5 notificações pela mesma divisão
da população. Comparando os levantamentos é possível calcular o aumento dos
casos prováveis em 3.332%.
A expressão "casos
prováveis" vem sendo utilizada pelo Ministério para incluir todos os casos
notificados, exceto os que já foram descartados. As notificações são retiradas
quando possuem diagnóstico laboratorial negativo ou quando são diagnosticados
para outras doenças. Os casos de dengue grave, com sinais de alarme, e óbitos
por chikungunya e zika informados incluem somente os casos ou óbitos
confirmados por critério laboratorial ou por critério clínico-epidemiológico.
Neste ano, segundo o Ministério da Saúde,
foram registrados 80.949 casos prováveis de chikungunya no País e uma taxa de
incidência de 39,3 casos por 100 mil habitantes. Destes, 28.225 (34,9%) foram
confirmados. A análise da taxa de incidência de casos prováveis, por regiões
geográficas, aponta a região Nordeste com a maior taxa de incidência - 93,3
casos por 100 mil habitantes, seguida da região Norte, com 45,6 casos.
Entre as Unidades da Federação, destacam-se também Roraima e Tocantins. Até a 19ª semana epidemiológica, foram
confirmados laboratorialmente 13 óbitos pela doença, no Pará (4), Ceará (4),
Tocantins (1), Pernambuco (1), Bahia (1), Rio de Janeiro (1) e São Paulo (1).
Entre os municípios com as maiores
incidências de casos prováveis de dengue registradas até a SE 19, segundo
estrato populacional (menos de 100 mil habitantes, de 100 a 499 mil, de 500 a
999 mil e acima de 1 milhão de habitantes, destacam-se: Jaguaribara, com
1.705,4 casos; Maranguape, com 540,5 casos; Aparecida de Goiânia (GO), com
137,2 casos e Fortaleza com 76,2 casos.
Para o médico infectologista
Anastácio Queiroz, o aumento do índice de incidência da doença era uma
tendência natural para acontecer nos 184 municípios cearenses. De acordo com
Queiroz, as fortes precipitações da quadra chuvosa facilitaram a disseminação
do mosquito.
Fonte: Diário do Nordeste
Fonte: Diário do Nordeste
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