O Brasil possui 2.486.245 crianças e
adolescentes de 4 e 17 anos fora da escola, segundo levantamento feito pelo
Todos Pela Educação com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílio (Pnad). O montante representa cerca de 6% do universo total de
alunos.
Para Priscila Cruz, presidente executiva
do Todos Pela Educação, o número é preocupante, pois afeta principalmente as
crianças mais “vulneráveis”. “Essas crianças que estão fora da escola são
exatamente as que mais precisam porque em geral são as deficientes, as mais
pobres, e que moram em lugar mais ermos.”
A taxa de atendimento de crianças e jovens
na escola aumentou 4,7 pontos percentuais desde 2005, atingindo 94,2% em 2015.
O índice, no entanto, ainda é insuficiente para alcançar a Meta 1 do Todos Pela
Educação para esse ano, que era de 96,3%, e a universalização determinada
constitucionalmente para ser atingida até 2016.
Do número total de alunos fora da escola,
1.543.713 são de jovens de 15 a 17 anos, que deveriam estar matriculados no
ensino médio. Esta foi a modalidade que apresentou o crescimento mais tímido de
inclusão na última década: de 78,8% para apenas 82,6% de 2005 a 2015.
Além disso, embora o percentual dos
que não estudam nem trabalham tenha diminuído entre 2005 e 2015 (de 11,1% para
10,7%), em números absolutos o valor ainda é alto: 974.224, em 2015, frente a
1.126.190, 2005.
Distorção idade X série
O levantamento
também aponta que a taxa de conclusão do ensino fundamental até os 16 anos foi
de 76% em 2015, apenas 17,1 pontos percentuais acima do verificado em 2005. Já
a taxa de conclusão do ensino médio até os 19 anos, ficou em somente 58,5% –
apesar de ser 17,1 pontos percentuais (p.p.) superior à de 2005, ela não tem
avançado nos últimos anos.
Nesse mesmo
período, a taxa de jovens que não estudam nem trabalham aumentou entre aqueles
que não concluíram o ensino fundamental até faixa dos 16 anos (de 19% para
22,2%) e também entre os que não concluíram o ensino médio até 19 anos (24,5%
para 35,5%).
Educação infantil
A pesquisa mostra que o
maior crescimento na taxa de atendimento escolar nos últimos dez anos foi entre
as crianças de 4 a 5 anos, de 72,5% para 90,5% no período. Já a taxa de
atendimento de 6 a 14 anos ficou em 98,5% em 2015, crescimento de apenas 1,8
ponto percentual desde 2005 – embora seja tida como universalizada no Brasil,
ainda há 430 mil crianças e jovens dessa faixa etária fora da escola.
Fonte: G1
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