O
jornal Folha de São Paulo, conforme o site UOL.com.br neste sábado,
deixou bem claro que no episódio da confusão gerada pelo pagamento do
programa bolsa-família, a oposição nada teve a ver com isso. E se houve
algum tipo de mal-estar no Alvorada isso se deu em razão do que em
combate é chamado de fogo amigo.
Pelo menos duas membros do Ministério da presidente Dilma acusaram a oposição (ainda existe isso no Brasil?) de ser responsável pelo que classificaram de boatos causadores do imbróglio, mas o jornal descobriu que a oposição passou bem ao largo disso tudo, e as acusações foram mais um episódio de um Ministério onde se faz muito mais política partidária do que trabalho em benefício do bem comum.
Segundo a Folha de São Paulo, quem causou todo o tumulto foi um órgão do próprio Governo, a Caixa Econômica Federal. Citando como fonte uma beneficiária do município de Caucaia, CE, diz o texto: "Recebo Bolsa Família há anos e nunca pagaram antecipado. Aí achei estranho, mas fiquei feliz e peguei o dinheiro. Acho que outras pessoas também conseguiram receber antecipado, foram avisando aos conhecidos e virou essa confusão", disse. Confrontada pela “Folha” a Caixa mudou a versão oficial. Afirmou que, por causa de ações em busca de "melhorias no Cadastro de Informações Sociais", o banco "optou por permitir o saque pelos beneficiários independentemente do calendário individual" na sexta-feira, dia 17.”.
E agora? Quem acusou a oposição de ser responsável pelo boato vai ter coragem de vir a público e admitir que pinoquiou? E quem disse que o boato foi obra de gente do mal, vai admitir que a gente do mal está dentro do Governo?
Outro personagem que me parece ter pecado nessa coisa toda é a própria Imprensa que, não sei se por comodismo ou apenas por outro motivo, tem se apegado mais à versão do que ao fato, e não foi essa a primeira vez, o que deixa a ideia de que o interesse público também vem sendo jogado fora por quem tem o dever de informar.
E
quero deixar ao leitor bem claro o seguinte: não estou aqui defendendo a
oposição - um instituto político que não funciona há muito tempo no
país. e nem que só esse Governo que está aí em alguns pontos falta com a
verdade: isso é prática comum)
Inte outro dia, se deus quiser!
José Lúcio Cavalcante de Albuquerque.
É presidente da Academia de Letras de Rondônia. Ex-editor dos jornais
Tribuna, Alto Madeira, e com passagens em outras publicações como o
Estadão do Norte, Lúcio Albuquerque, egresso da imprensa amazonense, tem
projeção nacional, desde a década de 80, quando foi correspondente do
Estadão de São Paulo.
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