O ano era 1958. O dia, como outro qualquer. Mas tive uma das mais graves experiências, como réporter policial.
Na calçada do então Ginásio 7 de setembro, na Avenida do Imperador, um homem foi assassinado e o matador deixou a faca ( uma peixeira de 12cm ) encravada em suas costas.
Não tinha Perícia Forense. Apenas o Legista ia ao local do crime, para o levantamento cadavérico. Esse médico era o Dr. Pedro Menescal, já de avançada idade.
Ele tentou, tentou, mas não conseguiu retirar a peixeira. Então, me pediu: "Repórter, eu autorizo você a retirar a faca do corpo da vítima". Não fiz de rogado. Peguei a faca e fiz o percurso inverso do assassino. Ainda hoje me angustio com aquele momento. Foi mesmo uma experiência cruel.
Thales Bezerra Véras é jornalista
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